Save the Children ambiciona tornar-se a principal agência de resposta humanitária para crianças no mundo

Monday 20 August 2018

Celebrou-se ontem, (19), o Dia Mundial Humanitário, uma data instituída pelas Nações Unidas em homenagem aos 22 trabalhadores humanitários que perderam a vida em 2003, na sequência do ataque terrorista à sede das Nações Unidas em Bagdade, no Iraque.

Na história da Save the Children, este ano a data tem um impacto ainda maior, pois a organização perdeu, em Junho, quatro funcionários que se envolveram num grave acidente rodoviário no Camboja, num contexto de trabalho humanitário. Ainda neste ano, em Janeiro, um suicida detonou um veículo cheio de explosivos na entrada do edifício da organização, no Afeganistão.

Trata-se de eventos devastadores, que não só abalaram emocionalmente os funcionários da Save the Children nestes países, mas também do mundo inteiro, onde a organização opera. No entanto, orgulhamo-nos por constatar que tais acontecimentos não vieram abalar nem romper o compromisso que os colaboradores desta organização têm com o bem-estar da criança.

No caso específico de Moçambique, país onde a criança tem se visto numa situação de extrema vulnerabilidade por consequência (muitas vezes), das mudanças climáticas, a Save the Children International, que tem uma longa experiência em ambientes de emergência e assistência humanitária, tem sido um dos principais actores envolvidos na resposta e preparação a situações de emergência. Através dos diferentes programas, entre eles o COSACA, um consórcio co-liderado pela SCiMoz, a organização tem prestado assistência humanitária em larga escala às comunidades afectadas pelos desastres naturais.

Por meio do programa, o COSACA respondeu por exemplo, em 2017, a duas emergências: o ciclone DINEO e a seca induzida pelo El Niño, iniciada em 2016. A SCiMoz tem respondido a todas os desastres de grandes proporções em Moçambique desde 2007, e tornou-se um actor-chave nas intervenções de Redução de Riscos de Desastres e Resiliência.

Entre 2015 e 2017, período em que as secas provocadas pelo El Niño fizeram mais de 1,4 milhão de moçambicanos necessitados por assistência humanitária, juntamente com os nossos parceiros do COSACA, montámos uma resposta de duas fases cujas acções consistiram em assistência alimentar; transferência de sementes e insumos agrícolas; reabilitação de fontes de água, promoção de hábitos de higiene; actividades de nutrição incluindo a identificação e o encaminhamento de lactentes desnutridos e mulheres grávidas às unidades sanitárias, e treinamento de voluntários da comunidade.

 

As nossas intervenções humanitárias são movidas pela consciência da necessidade de cobrir todo o espectro de emergência – desde a resposta à redução de riscos - essencial para garantir que as crianças sobrevivam, aprendam e sejam protegidas sem interrupções. A nossa programação de emergência também inclui acções de longo prazo, que asseguram uma prontidão e resiliência para futuros choques, reduzindo a futura necessidade de assistência humanitária. Isto é especialmente importante em Moçambique, onde os desastres deslocam regularmente famílias, perturbam o processo de ensino, destroem bens e impedem o crescimento económico. 

A nossa ambição é a de que a Save the Children se torne a principal agência de resposta humanitária para crianças no mundo.

Assim sendo, neste Dia Mundial Humanitário gostavamos de reiterar o convite a todos os colaboradores, para que continuemos comprometidos com as suas acções humanitárias, combinando todos os elementos da nossa teoria de mudança em cada programa no qual embarcamos, acreditando que isso nos ajudará a alcançar MUITO MAIS PARA AS CRIANÇAS...!!!