COM O REGISTO DE NASCIMENTO A PEQUENA SAFIRA JÁ TEM SEUS DIREITOS SALVAGUARDADOS

Monday 19 March 2018

 

COM O REGISTO DE NASCIMENTO A PEQUENA SAFIRA JÁ TEM SEUS DIREITOS SALVAGUARDADOS

Da vila sede do distrito de Magude, dista aproximadamente a 100 quilómetros o Posto Administrativo de Mapulanguene, onde é possível encontrar muitas pessoas, entre adultos, jovens e principalmente crianças, não registadas.

Os recursos financeiros, especificamente a falta de dinheiro para custear as despesas da deslocação dos pais e encarregados para o posto de registo civil, localizado na vila sede de Magude, é apontado como parte dos constrangimentos para que a população de Mapulanguene honre com o direito das crianças ao registo de nascimento.

Contudo, tem sido durante as campanhas de sensibilização para adesão aos registos de nascimento que pais tomam a consciência da importância do registo de nascimento - Eliote Ernesto Nhante, só conseguiu registar a sua criança aos três anos de idade e segundo ele “ainda não o tinha feito por falta de dinheiro de transporte para chegar ao posto de registo civil em Magude”. Por outro lado, Lavi Lhongo diz que ainda não tinha registado sua criança de apenas sete meses de idade por falta de dinheiro para transporte e que pelo mesmo motivo até o parto foi feito em casa.

Lavi Lhongo, mãe da Safira Munlhovo, após efectuar o registo de nascimento durante a campanha de mobilização em Mapulanguene, no distrito de Magude.

Lavi Lhongo encara o registo de nascimento da sua primeira sorte, Safira Munlhovo, como uma grande realização e coloca se a prova dos conhecimentos adquiridos em debates comunitários sobre registo de nascimento afirmando “com o registo de nascimento a minha pequena Safira tem seus direitos salvaguardados e aconselho aos pais e mães que ainda não aderiram para que honrem com o compromisso, pois é para o bem das nossas próprias crianças”.

Estas acções são fruto do esforço do governo de Moçambique, que com o financiamento do governo Canadiano e assistência técnica da Save the Children e UNICEF, as comunidades tem tido a oportunidade de aprender e se esclarecer melhor sobre os registos de nascimentos. Segundo Laura Fernando, activista de mobilização, “faz parte do nosso dia-a-dia efectuar visitas de casa em casa procurando explicar os procedimentos e importância do registo de nascimento”.

Campanhas se sensibilização e mobilização social para adesão aos registos de nascimento em Magude, Posto Administrativo de Mapulanguene.